Um filme onde os bastidores são mais interessantes que a própria trama. No entanto, será que tudo o que é dito é verdade?
Antes mesmo deste filme ser lançado, o mesmo ficou bastante famoso, mas talvez pelos piores motivos. Certo dia, recebemos diversas notícias que não alegraram muito, aqueles que estavam ansiosos para ver esta história. Vários desentendimentos entre os atores, discussões, polémicas salariais, etc. Esta onda negativa, trouxe muita má reputação para um filme, que, com um elenco bastante agradável e uma premissa até interessante, prometia ser um sucesso. Mas não foi bem isso que aconteceu. Muito devido, também, às recentes avaliações divulgadas pela “crítica especializada”.
Com uma certa curiosidade e um interesse peculiar, fui ver este filme, cujo não esperava grande coisa, e fui avaliar com os meus próprios olhos se tudo aquilo que diziam era mesmo verdade ou apenas mais uma ficção de Hollywood.
Veredito final? Bom, tudo o que se disse acerca deste filme pode ser levado como verdade e como mentira ao mesmo tempo. É um daqueles filmes que no final da sessão, fiquei sem reação e não conseguia processar se tinha gostado ou não. Foi um sentimento estranho, pois estava sem completa opinião sobre o que tinha acabado de ver.
A narrativa em si não é algo muito inovador, sendo já visto em produções como “Wandavision (Marvel Studios 2020)” ou até mesmo, “Severance (Apple TV+ 2022). No entanto, é sempre interessante ver algo deste género pois ainda não é um tema que Hollywood tenha exprimido ao máximo (por enquanto)… O que se passa nesta história, é que temos a nossa protagonista principal que se encontra numa cidade onde tudo parece perfeito, e onde leva uma vida perfeitamente “à la” Sonho Americano. No entanto, diferentes eventos ao decorrer do filme demonstram que tudo o que ela está a viver é na verdade uma simulação. Algo familiar, certo?
E bom, com esta narrativa e um bom elenco, era de esperar que tudo tivesse perninhas suficientes para andar e correr bem, e se tornasse uma grande produção cinematográfica. Mas não é isso que acontece, já que devido a falhas no guião, mais a fragilidade de alguns atores na interpretação, momentos sem sentido ao longo do filme, e um final que fica muito apressado e aquém do esperado, leva este filme a mais um poço de mediocridade.
Este filme vai-se juntar à galeria de filmes que têm tudo para correr bem, mas que correm sempre mal. E este ainda se pode adicionar o drama dos bastidores, que chega a ser mais interessante que o próprio filme.
E para aqueles que só vão ver o longa devido ao Harry Styles… Bom, tenho de confessar que foi uma tristeza. Ele não sabe ser consistente e é um 8 ou 80. Ele até consegue ter boas atuações mas também é capaz de ter tão más performances, que uma pessoa até fica com vergonha de olhar para o ecrã. Ao contrário da Florence Pugh, que fez um trabalho bestial como “Alice”.
Elogios também para o Chris Pine, que apesar de ter algumas recaídas mais para o final do filme, também faz um bom papel e consegue ser mais consistente que o Harry Styles.
Falando de partes mais técnicas, a edição está bastante agradável e a Banda Sonora é para mim, o grande ponto de filme. Muitos bons momentos conseguidos com ela, uma trilha bastante poderosa e que chega a causar o suspense necessário para explicar alguns pontos do filme.
Resumindo, o filme é algo nem muito bom, nem muito mau. Com muitas falhas, mas que ainda se consegue salvar devido a uma boa história (apesar de ainda conter falhas), boas interpretações por parte de algum elenco e de componentes técnicas que fazem o espectador saborear qualquer restinho de qualidade que se encontra.
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