Liam Neeson é novamente o protagonista de um filme de acção, “Honest Thief” que chegou aos cinemas no dia 29 de outubro. Mas será que o filme surpreendeu ou foi só mais um na extensa carreira de Liam?
Confesso que quando vi o trailer e a featurette, até fiquei curiosa para ver o filme. Mas parece que este também é daqueles casos em que o trailer engana.
A história segue o assaltante de bancos, Tom Carter (Liam Neeson), que se quer render à polícia para fazer o que está certo agora que quer começar uma nova vida com a sua namorada, Annie (Kate Walsh). Mas claro que as coisas nunca podiam ser assim tão simples e por isso, ao perceber que dois polícias lhe roubaram o dinheiro que provava a sua culpa, Tom vai ter de entrar em ação.
Se tem vibes de Taken? Acertaram. Só faltou a mítica frase “I will find you and I will kill you” mas desta vez ficou-se por um simples “Vou atrás de ti” quando as coisas começam a correr para o torto. E claro, como não podia deixar de ser, tinha de ser Liam Neeson o chamado para o papel.
Há uns anos atrás, até diria que era capaz de resultar porque embora a idade seja apenas um número, é um número que já se começa a notar no físico do ator que é talhado para estes papéis, simplesmente já não tem a mesma agilidade que tinha quando fez o primeiro Taken, por exemplo.
Surpreendeu-me ver Kate Walsh ao lado de Liam Neeson e é capaz de ter sido uma das principais razões pelas quais quis ver o filme. Já acompanho a atriz desde que fez Anatomia de Grey e Private Life, e mais recentemente The Umbrella Academy, e acho que nunca a tinha visto num registo deles. Mas até lhe assentou bem.
No papel dos polícias que roubam o dinheiro, temos Jai Courtney (que deu e que vai dar cartas como Boomerang em Suicide Squad) e Anthony Ramos. Consegui gostar do papel de Jai mas não estava à espera de ver Anthony neste registo mas acho que ambos se encaixaram bem como parceiros.
E claro, foi impossível não estar a toda a hora a lembrar-me do papel de Robert Patrick em Terminator 2, mas foi mesmo ele que acabou por compensar o início do filme. Mas para mim a melhor personagem foi inegavelmente a Tazzie, a cadela do agente Meyers que sobrou do divórcio dele. Com o pouco que apareceu com o dono dela, conseguiu cativar-me mais do que propriamente Jeffrey Donovan que parece que foi apanhado na curva do argumento.
O que me leva ao ponto mais fraco deste filme, porque me pareceu um bocado perdido em si próprio. A única coisa que conhecíamos minimamente bem era a relação de Tom com Annie. Não ficamos a saber nada (ou vá, quase nada a não ser numa cena) sobre o passado de Tom, só sabemos o que vemos e que não é muito para nos suscitar interesse, até porque os diálogos não são o principal destaque deste filme, honestamente.
Tirando isto, é daqueles filmes que saímos do cinema e sussurramos um simples “vê-se” porque nos entretém o suficiente, mas não nos deslumbra como o poderia fazer, até porque para o que estamos habituados a ver de ação com Liam Neeson, este ficou um bocado aquém e não vai ser de todo memorável na carreira dele.
Para quem quer descontrair e comer umas pipocas, então este é o filme que devem ver. Se anseiam por uma boa dose acção ou crime… entrem para outra sala de cinema.
2 comments
Não acredito muito na avaliação, o amago deste filme está centrado em quatro coisas Crime, paixão , traição e perdão.
Se navega neste quatro itens sem dúvidas que encontra tudo o que quer num filme.
Olá! Na nossa opinião, pode depender. Pode ter isso tudo e no argumento não estar bem consolidado. Como expliquei na crítica, a intenção era boa mas “pareceu um bocado perdido em si próprio” porque realmente o argumento não ajudou.
Obrigado por partilhares connosco a tua opinião! 🙂