Creed II regressa aos grandes ecrãs pelas mãos de Steven Caple Jr. e com Ryan Coogler como produtor executivo. É uma óptima sequela para quem ficou surpreendido com o primeiro Creed e para quem é fã do franchise de Rocky.
Depois dos eventos do primeiro filme, que saiu em 2015, Adonis Creed é agora campeão mundial. Isto faz com que surja um novo adversário chamado Viktor Drago, filho de Ivan Drago – o homem que matou Apollo Creed no ringue e que foi derrotado por Rocky Balboa mais tarde.
A ideia é haver um combate “Creed contra Drago”. Creed vê nisto uma oportunidade de defender o seu legado mas acima de tudo de provar a si mesmo que é o melhor. Drago só quer que o pai não saia desiludido depois de tudo o que perdeu quando caiu aos pés de Rocky – e claro, derrotar Adonis.

Florian Munteanu stars as Viktor Drago in CREED II, Credit: Barry Wetcher / Metro Goldwyn Mayer Pictures / Warner Bros. Pictures
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O filme podia cair no erro de fazer com que este reencontro entre Rocky e Ivan, 30 anos depois, caísse no cliché mas o que temos em vez disso é muita tensão devido a esse acontecimento não só entre eles, mas também entre aqueles que treinam.
Temos a queda de um campeão e assistimos ao processo todo de reabilitação física e mental de Adonis, passando por várias fases de negação, em relação a Rocky e inclusivé ao boxe.
Mas depois temos aqueles momentos nos fazem querer saltar da cadeira. A luta final com Viktor Drago, todos os treinos intensivos de Adonis, cenas que são dolorosas até mesmo para nós que só estamos a assistir.
Absorvemos cada golpe dado no ringue, sofremos com eles sem nunca apoiar simplesmente um ou outro. Sentimos cada “dá-lhe mais abaixo” dito por Rocky ou até mesmo os socos em câmara lenta e as corridas no meio do deserto. E pelo meio disto, ainda dá para soltar algumas gargalhadas.
Steven Caple Jr. realmente entrega-nos um produto visualmente impecável e que nos deixa bem acordados quando saímos da sala do cinema. Sabe explorar muito bem os ângulos todos do combate e até mesmo os melhores momentos das personagens. Já para não falar na banda sonora que ajuda muito a que o filme nunca perca ritmo.
Michael B. Jordan está incrível neste filme e não há dúvidas de que é um dos melhores atores da sua geração, proporcionando-nos personagens cada vez melhores. Sylvester Stallone volta a surpreender neste filme e a entregar-nos uma performance em que se dedica ao máximo, não fosse esta história “especial” para ele, tendo mudado a sua vida, diria.
Tessa Thompson é a mulher que todos os pugilistas precisam de ter ao seu lado, Dolph Lundgren regressa em grande aos ecrãs e a este franchise como se não tivesse passado tanto tempo e Florian Monteanu foi uma grande surpresa e dá-nos um Viktor Drago que no fundo foi criado na base do ódio e sentimos isso mas que por outro lado ainda sofre com o abandono da mãe.
A única coisa que ficou mais aquém foi realmente não ter havido uma maior faísca no reencontro de Rocky e Drago como houve tensão entre Adonis e Viktor.
Pode haver quem ache que o Creed original é melhor que a sequela o que não está totalmente errado. Mesmo com opiniões divididas, Creed II consegue dar luta para ficar entre o top 5 dos filmes com Rocky.
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