Neil Maskell está de volta para um novo filme de vingança que entrega muita violência e sangue.
Com a chegada do “TV Cine Fest”, tive a oportunidade de finalmente assistir a este novo filme do “Neil Maskell”, e que bela surpresa que tive.
“Bull” é um filme de suspense violento que segue o personagem de “Neil Maskell”, do mesmo nome, à procura de vingança contra o seu sogro, ex-mulher e os seus ex-associados, que o enganaram, roubaram o seu filho e ainda o deixaram para “morrer” queimado. Após 10 anos, “Bull” regressa e procura vingança por todos aqueles que pensaram que se tinham livrado dele.
Este é um filme fora do comum com uma história de redenção e uma narrativa selvagem, que prende o espectador ao assento, mas ao mesmo tempo o faz se sentir desconfortável com algumas cenas de tão grotescas que são. Dificilmente deve ser assistido por todos. Contém cenas excessivas, muito comportamento psicologicamente errado e momentos mesmo fortes. Não recomendado para pessoas com estômago fraco.
Neste longa assistimos à visão de um homem que está no fim da corda, e que não importa o que aconteça, ele segue apenas com um simples plano: matar brutalmente e de todas as formas possíveis, tudo e todos aqueles que o tentaram matar há alguns anos atrás. Apesar da duração ser apenas de 1h30, o filme entrega uma narrativa forte, consistente e especialmente, bem construída, não sendo demasiado dolorosa de se assistir, nem sendo demasiado rápida. No entanto, senti que o final foi um bocado “facilitado” pois se compararmos o tempo de busca e a forma como o nosso personagem ia atrás das diferentes personagens ao longo do filme, é possível reparar que os tempos de ação são muito diferentes. Mas mais uma vez, não é algo que me faça gostar menos.
Com toda a frieza necessária, “Neil Maskell” entrega uma boa atuação, demonstrando toda a violência, a frieza e o espírito de vingança necessário para acompanhar este personagem e entender tudo o que ele faz. É complicado dizer se este é um personagem adorável ou não, pois tanto chega a ser um assassino miserável sem escrúpulos completamente passado da cabeça, como também chega a ser só um pai preocupado e que quer o melhor para o seu filho. É por isso que Maskell é bom no que faz.
Outro bom aspeto e que também ajuda na construção deste filme, é o personagem “Norm” de “David Hayman” que entrega também outra grande atuação trazendo a rivalidade justa para o nosso protagonista.
No que toca a detalhes técnicos, o filme não exibe uma produção maravilhosa que se deva destacar. Talvez a banda sonora seja um ponto a destacar, devido a ser um dos fatores principais do filme ser considerado um suspense.
Resumindo, este é um filme que gosta de arriscar, traz um tom muito mais sombrio que o habitual e que ganha por causa disso. Boas atuações das duas grandes figuras do longa, muita violência, muita frieza e que não se perde no seu tempo.