Black Bird foi uma série que me surpreendeu bastante a muitos níveis, com bastante boa qualidade, incríveis atores e estupendas boas atuações e qualidades técnicas muito bem realizadas.
A série apresenta-nos um traficante de droga de nome: “James Keene” (ou como é tratado na série, Jimmy), que é preso e é obrigado a cumprir uma sentença de 10 anos. No entanto, aparece uma proposta: Ele terá de entrar numa prisão de segurança máxima e obter uma confissão de um “serial killer” chamado Larry Hall, para assim conseguir ser um homem livre mesmo antes dos 10 anos.
Todo o desenvolvimento do nosso personagem e desta aventura que ele tem de enfrentar desde o momento em que é só um simples e arrogante traficante de droga ao momento em que ele enfrenta o completo “inferno” dentro daquela prisão e tem de conviver, não só, com Larry é uma jornada alucinante que poucos acreditavam.
No entanto, antes de começar a rasgar elogios a esta série, preciso de ressaltar que não é perfeita, e que, devido a algumas lacunas no argumento que apesar de remendáveis (pelo facto de que o espectador pode simplesmente inventar uma desculpa que a própria série oferece) encontram-se lá e não podem ser esquecidas. Falo disto, porque existe situações em que vários personagens dizem uma certa coisa ao nosso protagonista, no entanto, quando o espectador sente que: “Esta era uma boa altura para eles aparecerem e conseguirem informações úteis para o caso”, nada acontece e faz pensar que muitas destas cenas só acontecem para favorecer o guião e não a lógica.
Mas deixando estes pontos negativos de lado, é necessário realmente dar uma atenção extra a esta série, pois todas as outras componentes que constituem uma produção como esta, têm de ser valorizadas.
Primeiro eu vou rasgar elogios à banda sonora que foi das partes mais prazerosas de se “assistir”. Toda a sua sonoridade simples, e maneira como eles transmitiam os sons de forma tão abstrata para provocar tensão, foram muito bem executadas e agradaram-me bastante.
Outro grande ponto, foi um que não é possível não reparar: as atuações do “Taron Egerton” (James Keene) e de “Paul Walter Hauser” (Larry Hall) são tão extraordinárias, tanto individualmente como conjuntamente, que é dificil não ficar envolvido na trama e até é dificil não sentir um pouco do que aqueles personagens estão a passar naquele momento. A perturbação e a confusão da mente do “Larry Hall” com a fragilidade perante a situação e a dificuldade de aguentar naquele inferno do “James Keene”, entregadas pelos dois atores, é de uma maneira tão bem entregue que só nos resta apreciar.
Resumidamente, “Black Bird” é uma série SIM, que recomendo imenso que todos assistam. Acerta em muitos aspetos e naqueles que erra são significantes. Banda sonora ótima, interpretação espetacular e uma história e tempo de desenvolvimento incrível.
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