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Aquaman: Ainda há esperança para a DC

by The Golden Take

James Wan, o realizador por trás de filmes como “The Conjuring”, “The Nun” e “Saw” , leva-nos para as profundezas do mar com o novo filme Aquaman, protagonizado por Jason Momoa.

Para quem não conhece a personagem dos comics, a primeira vez que viu Aquaman em Justice League não ficou a saber muito mais sobre a personagem. Agora num filme a solo, embora se calhar tivesse mais impacto se tivesse saído antes de JL, traz-nos um pouco mais sobre a origem deste super herói e mostra-nos algumas das suas capacidades.

Arthur Curry, nome original do Aquaman, nasce do amor entre um faroleiro e a rainha Atlanna de Atlântida, depois de esta escapar a um casamento combinado e “dar à costa” perto da casa de Tom (Temuera Morrison). Mas chega a altura em que ela tem de regressar para salvar o filho e o marido. E como tal, Arthur fica sobre a alçada do pai, herdando os poderes da mãe.

Acompanhamos rapidamente o crescimento de Aquaman, como o primeiro momento em que ele comunica com os peixes sem saber bem como, e não tarda já anda a salvar pessoas em alto mar, sendo evidente que sabe bem de onde veio – não só sabe como foi treinado por Vulko (Willem Dafoe) para aprender a controlar os seus poderes.

Arthur é o herdeiro ao trono mas tudo o que menos procura é ser rei. Ele apenas quer impedir uma guerra que pode destruir a terra e o mar, os seus dois lares. A única solução é encontrar um tridente mágico do rei Atlan, que o vai fazer dominar os sete mares e destronar o seu meio irmão Orm, que é quem pretende iniciar a guerra.

Como tal, vai precisar da ajuda da princesa Mera (Amber Heard) – também já a conhecemos em JL – que a certa altura quase parece mais poderosa do que o próprio Aquaman.

O filme à  primeira vista faz-nos lembrar um Thor Ragnarok com todas as cores especialmente quando entramos em Atlântida. Todos os movimentos e até mesmo algumas “posições” de luta que o Aquaman tem se assemelham ao deus do trovão da Marvel mas isto não é necessariamente mau.

O filme ganha muito com os efeitos visuais. Sem querer spoilar, há uma cena com Aquaman e Mera que está absolutamente bonita e todas as cenas de ações conseguem entreter-nos bastante ao ponto de sim, sentirmos que o filme é longo mas não nos incomodar muito (excepto quando há algumas cenas de luta que são dispensáveis porque não levam a grande coisa).

Por outro lado, a DC continua a abusar do CGI como se o soubesse fazer bem. A sério, precisam de parar, não resulta assim tão bem quanto pensam.

Quanto à representação, acredito fielmente que houve desperdício de talento. O filme prima por ter um elenco bom mas parece que pouco ou nada quiseram usá-lo. Dolph Lundgren sofreu um pouco com isto e também Willem Dafoe, que é o bom da fita mas sem ter grande impacto na história como se poderia desejar.

No que toca aos vilões, a DC continua a pecar nisto mas mesmo assim tentam meter dois pelo preço de 1, sem resultar nenhum deles. Patrick Wilson esteve à altura embora não seja o melhor vilão de sempre porque os motivos dele até são credíveis mas perde-se um pouco no facto de só querer o colo da mãe e cego com os ciúmes que tem do meio-irmão.

Já Black Manta (Yahya Abdul-Mateen II), que foi bastante antecipado com fotografias exclusivas, ficou muito aquém do esperado. Tem igualmente motivos bons, mas acaba por ficar perdido ali no meio, aparecendo numa luta ou outra mas sendo sempre derrotado porque pronto, lá está, a construção da personagem não é a melhor.

O argumento não me dá grandes razões de queixa ao início porque é de facto introdutória a maneira como o filme começa e a mais correta, para nos dar um contexto mas às tantas perde-se ali para o meio.

Mas também não consigo considerar um tiro no pé porque nos apresenta bem as origens do Aquaman e o que ele está destinado a ser. E claro, o facto de Mera e Arthur se estarem a apaixonar mas não ser esse o foco do filme também foi algo bem conseguido.

Em suma, ainda há alguma esperança para a DC. Depois de “Suicide Squad”, “Batman vs Superman” e “Justice League” ficámos um pouco de pé atrás mas “Wonder Woman” e agora “Aquaman” vieram mostrar que afinal, embora ainda não seja extraordinário, quando quer a DC sabe o que faz.

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